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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Atendimento psicológico complementa atendimento no HSJ

Há cinco anos os pacientes do hospital contam com apoio profissional para a saúde da mente

Paola Oliveira 

Ter os cuidados necessários para favorecer o bem-estar mental é tão importante quanto buscar saúde para o corpo, pois ambos trabalham em conjunto para prover uma maior qualidade de vida. Foi pensando nisso que o Hospital São José de Teresópolis deu início a um trabalho de acompanhamento psicológico disponibilizado para os pacientes internados e também os ambulatoriais de oncologia.  O serviço é oferecido há cinco anos. “O trabalho é fundamental e teve início em 2015, quando fui chamada pela direção para atender uma questão pontual de um paciente oncológico. Após o atendimento a direção do hospital resolveu me contratar e eu comecei com esse trabalho oncológico e com decorrer do tempo eu fui ampliando para os outros setores, atendendo hoje o hospital inteiro”, conta a psicóloga Nara Moreno. “A proposta daqui é de uma equipe interdisciplinar, diferente da multidisciplinar, porque nós interagimos e buscamos o bem-estar e a qualidade de vida do paciente”, completa a profissional. 
A psicologia é responsável observar o comportamento e as funções mentais, com o objetivo imediato de compreender de um modo geral os indivíduos. Assim como o corpo necessita de um acompanhamento médico diante de algumas questões a mente também demanda atenção perante alguns acontecimentos, sendo primordial a companhia de um psicólogo. “A abordagem social da psicologia hospitalar ela é voltada para o contexto do que o paciente traz para você, qual a dor, o que está sentindo, para que eu possa ajudar de alguma forma que ele consiga melhorar e enxergar diferente todo esse processo de dor”, declara Nara. 

Lidando com a doença
Às vezes encarar uma doença pode se tornar uma tarefa muito árdua. Em determinados casos a enfermidade pode desestabilizar física e mentalmente o paciente, sendo crucial o acompanhamento médico e também psicológico. “É muito difícil para a pessoa lidar nesse momento com a doença, podendo entrar em diversas fases, inclusive da negação da doença. É aí que entra o meu trabalho. Também é fundamental a presença dos familiares, porque a família é o elo, o suporte necessário que o paciente precisa para conseguir vivenciar aquele momento de forma menos agressiva e sofrida”, destaca a psicóloga. 

Enfrentando o tabu
Muitos ainda não dão a importância essencial que a mente carece. Mesmo no século XXI ainda há preconceito em cuidar da alma. “Existe um tabu muito grande com a psicologia: Eu não sou louco. Não preciso de atendimento psicológico. Eu estou bem. Na verdade, todos nós em algum momento vamos precisar sim de um olhar diferenciado de um profissional para conseguir dar conta de alguma questão da nossa vida. E quando nós negamos isso, estamos protelando um processo de evolução”, destaca a funcionária do HSJ.
Para Nara, evitar a terapia não é a melhor solução.  “Infelizmente a gente vê isso acontecer o tempo todo. A pessoa está fazendo um exercício físico, está cuidando do seu corpo, mas não está fazendo o mesmo pela sua mente. E em algum momento isso vem à tona. As pessoas hoje em dia tem uma vida muito corrida, está tudo muito louco. Muita das vezes nós não paramos para nos ouvir e entender o que está acontecendo lá dentro, o que se está passando com você. Então você vai atropelando o seu dia a dia e em um determinado momento, vem à tona. Mais cedo ou mais tarde, em algum momento vai aparecer uma questão sua lá de trás”, afirma.

O amor de quem cuida 
Há cinco anos nesse trabalho de atendimento psicológico hospitalar, Nara é uma profissional que se sensibiliza com a dor dos pacientes, sentindo-se honrada em fazer parte da recuperação deles. “Nossa é muito gratificante, é lindo. Quando você começa com um paciente e ele está no início do processo da doença, da quimioterapia, aí você trabalha com ele e vai vendo que ele vai se fortalecendo emocionalmente e dando conta dos atritos e das incertezas. Quando ela entende essa necessidade de mudança para uma vida de qualidade, tudo muda”, relata emocionada.

 

 

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Edição 23/04/2024
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