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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Artesãos se unem em coletivo com peças artesanais, autorais e exclusivas

Grupo quer transformar espaço compartilhado pelos artistas em um dos locais de visitação e informação turística de Teresópolis

Em quase todo o mundo, a paixão pelos produtos artesanais, e consequentemente exclusivos, tem motivado a criação de eventos, instalações e até temporadas inteiras que recebem o nome de “coletivos”, onde, literalmente os pequenos produtores e artesãos encontram apoio e estrutura para conseguir vender e divulgar suas marcas e produções. A ideia é mesmo se unir para poder alcançar melhores resultados, e seja qual for esse resultado, venda, divulgação ou simplesmente a maior exposição dos produtos. Aqui em Teresópolis, uma das cidades que mais recebe turistas em todo o interior do estado, a nossa ligação íntima com a natureza e a qualidade de vida inspiraram um grupo de artesãos a arregaçarem as mangas e propiciar, através da união e da sinergia, não só um novo espaço para reunir produtos artesanais locais, mas para se transformar em um novo elemento receptivo para a cidade. São os Artesãos da Estrada, que ganharam esse nome devido ao espaço dedicado ao coletivo estar localizado na belíssima Estrada Teresópolis Friburgo.
Em entrevista realizada nesta quarta-feira no programa Jornal Diário na TV, Cláudia Muniz e Mônica Deluqui, que fazem parte do coletivo Artesão da Estrada, explicaram como surgiu a ideia e quais são os objetivos da ação daqui para frente. “Tudo surgiu depois que um grupo grande de artesãos locais foi convidado a participar de uma grande reunião com membros da Secretaria da Cultura do município. Foi surpreendente porque foram mais de trezentos artesãos comparecendo ao encontro, e isso tudo deixou a todos nós entusiasmados com tantos parceiros locais. Logo em seguida veio o convite para a realização de uma Feira de Natal no salão da Matriz de Santo Antonio e o sucesso foi tão grande que logo em seguida já vieram eventos de exposição, participação do FORUM de Cultura do Município e a ocupação de outros espaços”, explica Mônica Deluqui, que é a anfitriã do projeto e que produz peças maravilhosas e únicas com temas relacionados a cultura de Teresópolis e suas experiências.
“Acho que o mais bacana é a maneira como o projeto surgiu, de uma forma empreendedora e inovadora. São os dois pontos da cidade, do Alto a Albuquerque com ações de ocupação deste grupo de artesãos. Além do espaço no Shopping Comary, que está levando de volta o artesanato de Teresópolis para a região do Alto, da Ferinha, como também no lado oposto da cidade, na entrada daqueles que chegam de Nova Friburgo, lá no km 7,5, em Albuquerque, este trabalho coletivo se coloca. Agora, através da parceria com a loja Espaço Vem da Serra, estamos com ainda mais capacidade de absorver novas produções, novas ideias, enfim, esse espirito de cooperação entre os produtores de artesanato tem se destacado mundo afora como um meio capaz de torná-las mais competitivas e atrativas e isso está acontecendo aqui”, enaltece Cláudia Muniz, que dá o toque de beleza necessário as peças incríveis criadas por seu marido, Marcos Alfredo que faz do reaproveitamento do aço e da madeira uma inspiração para peças únicas.
Além de fortalecer o poder de compras e de vendas, compartilhar recursos, combinar competências e, claro, partilhar riscos e custos para explorar novas oportunidades, os coletivos na área da produção artesanal tem se mostrado instrumentos interessantes para oferecer produtos com qualidade superior e diversificada. Por isso, as estratégias de cooperação têm sido utilizadas com mais frequência, anunciando novas possibilidades de atuação no mercado. A cooperação pode criar um diferencial competitivo para os pequenos negócios rurais e urbanos, contribuindo para a sua perenidade e crescimento. Os desafios são muito grandes e as oportunidades também e cada vez mais, as pessoas que querem empreender ou produzir que se mantiverem isoladas, agindo sozinhas, terão mais dificuldades em enfrentá-los e em se manterem competitivas. A cooperação para o sucesso dos pequenos negócios é uma ferramenta extraordinária e o Espaço Vem da Serra, que fica na estrada Teresópolis Friburgo e que tem Alex Toscano, criador de mobiliário e decoração em ferro, madeira e ecomármore aponta para essa direção da cooperação. O empresário abriu suas portas para o grupo e até deu um nome para eles, que agora são “Artesãos da Estrada”.
Os artistas da região que juntos pretendem criar formas de se levar Teresópolis na bagagem dos nossos turistas são: Alê Rodrigues, bonequeira; Fabiano Pena, pirogravura em madeira e couro; Isabella Miranda, costura criativa; Luis Pacheco, Arte di Madeira; Adriana Paganote, crochê de lacre e 3D; Mauro de Oliveira, Pirografia e Aquarela em madeira; Marcos Alfredo, reaproveitamento em aço e madeira; Dias & Leão, puffs ecológicos, feitos a partir do reaproveitamento de pneus; Paulo Borges, Smart Art em fotografia e relógios de parede; Mônica Deluqui que apresenta peças com temas da cultura de Teresópolis; Alex Toscano, com bancos em Ecomármore, que é produzido com a reutilização de sacos de cimentos, e mais recentemente incorporado ao grupo o empresário Gilson Medeiros, da Casa do Café que oferece o acolhimento perfeito para momentos agradáveis.
“Acredito que mais artistas, designers e artesãos da nossa região podem e devem aderir ao grupo, já que a ideia é manter aberta a exposição e venda das peças no Espaço Vem da Serra de forma permanente. Interessa-nos a divulgação dos artesãos locais, nos interessa fortalecer a criatividade, a autoria das peças, por isso, também, a maioria dos trabalhos são assinados”, explica a idealizadora Mônica Deluqui. Alexandre Toscano, proprietário do Espaço Vem da Serra, acredita que a valorização do artista local, casa perfeitamente com a proposta de sustentabilidade de seu ateliê e loja. Ele reforça a ideia de que os objetos são uma forma do turista levar Teresópolis na bagagem, com mais significado que simples souvenires. 

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Edição 26/04/2024
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