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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Acidente grave em passarela precária construída pela prefeitura na Granja Mafra

Obra da Ponte do Madruga está paralisada há mais de um mês e comunidade se revolta com descaso

Uma moradora da Granja Mafra sofreu um grave acidente em uma passarela precária improvisada pela prefeitura, expondo o descaso com a comunidade do 2º Distrito de Teresópolis. As obras para reconstruir a Ponte do Madruga tiveram início em julho, mas há quase dois meses estão paralisadas, mas o pior é que a única opção de passagem representa um sério risco à vida dos moradores. A situação já foi mostrada várias vezes por nossa reportagem, mas parece ser ignorada pela prefeitura, já que os próprios moradores denunciam a falta de manutenção, buracos e instabilidade da “pinguela”, causando grande revolta que resultou em um protesto na localidade.
Idosos, gestantes, pessoas portadoras de deficiência, pessoas que passam mal e precisam de socorro médico tem como opções enfrentar o perigo da passarela ou levar cerca de 7 quilômetros para conseguir chegar até a rodovia.
Além de não terem como atravessar mais de carro para conseguirem sair da localidade, a falta da ponte prejudicou os moradores também pela insegurança constante ao terem como único caminho viável o trecho sem conservação. Até o corrimão, que deveria servir para dar apoio a quem atravessa, representa um grande perigo, pois é feito de cordas que estão muito bambas e quem tentar segurá-las pode ser puxado para fora da passarela improvisada.
A vítima do acidente foi uma mulher que tentava atravessar com sua moto e acabou caindo sobre pedras que ficam abaixo da passarela. De acordo com vizinhos, ela foi socorrida por pessoas da própria localidade que tiveram que descer para retirá-la e encaminhá-la ao hospital. 
“O acidente com a menina foi pela manhã, ela foi passar na entrada da ponte e caiu e agora se encontra em repouso na casa da mãe. Se machucou muito e cortou a cabeça. Em seguida uma vizinha nossa se machucou, passou mal com um ataque epilético, e para socorrer meu pai precisou dar uma volta enorme para conseguir se deslocar até o hospital. Quase não dá tempo de socorrer. Se já tivesse aponte no lugar, chegaria mais rápido e evitaria esse problema”, enfatizou o morador chamado Célio.
A travessia que já é perigosa para uma pessoa saudável, torna-se um grande temor para quem possui limitação nos movimentos: “Isso é um sofrimento. Eu fui atropelada na Delfim Moreira, quebrei o fêmur e eu tinha que passar com minha filha lá pelo Brejal para conseguir ir ao hospital para fazer tratamento. A gente não tem a quem pedir ajuda. Na Rua dos Beijos moram cerca de 300 pessoas e precisamos nos unir para cobrar. Esperamos que alguém faça algo por nós. Muita gente já veio aqui prometer, mas fazer ninguém faz. Minha vizinha até passou mal às duas da madrugada e precisou fazer um caminho muito demorado para conseguir chega ao hospital. Aqui é área rural, mas a gente tem todos os impostos pagos, peço um pouco de consideração”, reclamou a senhora Maria do Amparo.

“Moro aqui há sete anos. Meu esposo tem 79 anos, é deficiente visual, já passou mal há uma semana e foi um sacrifício para passar por quase sete quilômetros para conseguir sair daqui. Até para os bombeiros socorrerem alguém não vai dar tempo, a pessoa morre antes de ser socorrida”, afirmou a moradora Suzana Gonçalves.

Respostas da prefeitura
Nossa reportagem entrou em contato com a prefeitura, pedindo um posicionamento sobre os problemas que estão atormentando a vida dos moradores da Granja Mafra e arredores. Quanto à previsão da retomada da obra, a assessoria de comunicação da prefeitura nos respondeu em nota que : “A Prefeitura de Teresópolis informa que as vigas de madeira, que substituirão aquelas comprometidas, medem 25 metros de comprimento cada, com cerca de 2,20 metros de diâmetro, e deveriam ser transportadas por um veículo próprio da Emater, que mostrou-se incapaz de realizar o serviço. De imediato, a secretaria de Agricultura abriu processo administrativo para contratação de um veículo próprio para tal. O processo encontra-se em trâmite”.
Já sobre a insegurança da passarela, a nota não respondeu sobre a insegurança e falta de manutenção, apenas destaca que não é permitido atravessar com veículos pelo local: “A Prefeitura informa ainda que a passarela foi construída para passagem exclusiva de pedestres, sendo proibido o trânsito de quaisquer veículos, como motocicletas. Inclusive bicicletas deveriam ser empurradas pelo usuário durante a travessia, conforme sinalização colocada no local, que foi vandalizada assim como foram retirados dois pilares de madeira que impediam o trânsito de motos”.
A nota informou ainda que “uma equipe da Defesa Civil fará vistoria no local nesta terça-feira, 06”.

 

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Edição 25/04/2024
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