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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Aberta a campanha de vacinação contra febre amarela

No último Verão Teresópolis registrou 21 ocorrências, com oito mortes

Marcello Medeiros

Diante da proximidade do Verão, o Ministério da Saúde emitiu um alerta para que populações que moram em áreas onde há recomendação da vacina contra a febre amarela busquem a dose de forma antecipada, antes do período de maior transmissão da doença – entre dezembro e março. Localidades recém-afetadas pelo vírus e de grande contingente populacional, como as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, de Minas Gerais e de São Paulo, permanecem com um quantitativo elevado de pessoas não imunizadas e em risco de adoecer. Só para se ter uma ideia, segundo informe Epidemiológico divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde, é grande o número de casos de febre amarela silvestre confirmados em Teresópolis em 2018. No período de Verão foram 21, sendo oito óbitos. Em todo o estado do Rio de Janeiro já foram registradas 179 ocorrências. “A doença tem alta letalidade, em torno de 40%, o que torna a situação mais grave”, destacou o ministério, em nota.
O objetivo do alerta, segundo a própria pasta, é evitar correria e longas filas em busca da imunização. A cobertura vacinal para a febre amarela deve ser de, no mínimo, 95% da população. Em resposta a questionamento feito pelo jornal O DIÁRIO e DIÁRIO TV, a Secretaria Municipal de Saúde informou nesta terça-feira que ”a vacina contra a Febre Amarela está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde e PSF’s” e ainda que “neste período que antecede o Verão, por determinação da Secretaria Estadual de Saúde, o município está intensificando a imunização contra a doença. Quem ainda não se vacinou deve comparecer a uma unidade de saúde”. Os postos de saúde funcionam de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h.

Surto
Desde o surto registrado em dezembro do ano passado, a vacinação contra a doença foi ampliada e alcança 4.469 municípios – incluindo 940 cidades localizadas nas proximidades das capitais e áreas metropolitanas das regiões Sudeste e Sul, onde houve evidência da circulação viral. A vacina é ofertada no Calendário Nacional de Vacinação e distribuída mensalmente aos estados. Em 2018, foram enviadas, de acordo com o ministério, 30 milhões de doses a todo o país. “Apesar dessa disponibilidade, há uma baixa procura da população pela vacinação. As pessoas devem tomar a dose pelo menos dez dias antes do deslocamento para as áreas recomendadas”, reforçou o ministério.
O público-alvo para vacinação contra febre amarela inclui pessoas a partir dos 9 meses de vida e que não tenham comprovação de vacinação. Desde abril de 2017, o Brasil adota o esquema de dose única da vacina, conforme recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), respaldada em estudos que asseguram proteção por toda a vida.

Fármaco pode eliminar vírus
Um estudo feito por pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), mostra que um fármaco usado no tratamento contra hepatite C crônica é capaz de eliminar o vírus da chikungunya e da febre amarela. Todos os testes para uso humano do Sofosbuvir já foram realizados e com isso é possível que a substância seja empregada em uma eventual epidemia de Chikungunya.
Segundo a pesquisa, as células humanas infectadas in vitro com Chikungunya foram tratadas com o fármaco, que eliminou o vírus sem danificar as células e se mostrou 11 vezes mais efetivo contra o vírus do que contra as células. Para um dos pesquisadores, o professor Lúcio Freitas-Junior, a utilização do Sofosbuvir para o tratamento da chikungunya é interessante porque o processo para a obtenção de um novo fármaco é demorado, levando em torno de 12 anos, e caro, podendo chegar a R$ 1,5 bilhão. "O Sofosbuvir é uma droga que passou por todo o processo de aprovação para uso humano. Isso possibilita que ela venha a ser utilizada contra a chikungunya em um ou três anos. O custo seria muito menor, estimado em cerca de US$ 500 mil”, disse.
Explicou que a chikungunya é grave não só por ser uma doença aguda, apresentando quadro semelhante ao da dengue, mas porque pode provocar sequela, dores articulares altamente debilitantes, que se estendem por meses ou anos.
Essas sequelas podem também incapacitar a pessoa a exercer sua atividade profissional e até mesmo a sair da cama. “Não há vacina desenvolvida e as ferramentas para diagnóstico ainda precisam ser otimizadas. O Sofosbuvir é algo concreto que pode se tornar uma ferramenta poderosa para lutar contra esse vírus. Os resultados de nossa pesquisa possibilitam que as instituições eventualmente interessadas deem início aos ensaios clínicos”, disse Freitas-Junior.
Afirmou que a estratégia de utilizar um medicamento já conhecido para uma outra doença é chamada de reposicionamento de fármacos. Foram testados vários remédios conhecidos, prescritos não só antivirais, mas para outras doenças e condições e o considerado melhor foi o Sofosbuvir. "Com essa informação, médicos em hospitais podem organizar pequenos protocolos para testar isso em humanos", disse.

 

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Edição 29/03/2024
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