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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Abandono do Clube Ingá gera mais um criadouro de mosquitos

Água parada em piscina pode ajudar a proliferar doenças causadas pelo Aedes aegypti

Marcus Wagner

O município de Teresópolis tem registrado um grande número de casos de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, principalmente a chikungunya, mostrando a urgência de se combater ambientes propícios à proliferação desse vetor. De acordo com as informações oficiais da prefeitura, o bairro mais atingido é a Quinta Lebrão, porém a situação pode se agravar com o abandono de algumas propriedades que estão propiciando condições perfeitas para a criação de focos do mosquito. Uma área preocupante é onde funcionava o Clube Ingá que está fechado há oito anos que conta com uma piscina abandonada gerando um grande risco para a população do entorno. 
Na última atualização divulgada pela Secretaria Municipal de Saúde, Teresópolis já registrava até a primeira quinzena de maio 32 casos de Chikungunya, com outras 132 averiguações com possibilidade de confirmação da doença. Além disso, 32 notificações de dengue e outros sete de casos de zika vírus também fazem parte do quadro de contaminações.

Clube Ingá é mais uma agremiação que fechou as portas no município e se tornou um imóvel abandonado   – PADRONE

Há um mês, nossa reportagem mostrou uma situação semelhante com o abandono do Clube Panorama, onde três piscinas estavam em completo abandono, com água parada suficiente para se tornarem  grande criadouros de mosquitos. Depois desse caso, novas reclamações chegaram até nossa redação, feitas por moradores do entorno do Ingá com a mesma preocupação e nossa reportagem mais uma vez contou com o apoio da empresa Padrone, responsável por imagens aéreas de alta qualidade, para registrar como está atualmente o antigo Clube Ingá.
Com o auxílio do drone foi possível confirmar o abandono do local, com uma grande quantidade de água acumulada na piscina, justificando o temor dos moradores vizinhos, diante da cor da água da piscina. Além da piscina, as imagens mostram que a ação do tempo e de vândalos deterioraram muito a estrutura do local. O telhado do antigo ginásio, por exemplo, está com um grande buraco e outras peças ameaçam cair.
O local que já recebeu grandes eventos sociais no seu disputadíssimo salão, onde aconteceram grandes casamentos, aniversários de 15 anos e também eventos corporativos, hoje é mais um exemplo de um clube que teve que fechar as portas, por decisão de um grupo responsável pela sua manutenção. A desistência de antigos associados teria inviabilizado o funcionamento e os sócios que restaram se viram frente a obrigação de pagamento de contas de energia elétrica, água e impostos municipais. De acordo com o que foi apurado em reportagens anteriores, não haveria intenção em reabrir o clube, mas os responsáveis ainda não teriam decidido o que será feito da atual estrutura. 

Imagens feitas pelo drone mostram a situação do telhado do antigo ginásio que está com um enorme buraco – PADRONE

Denúncias
De acordo com informações da Secretaria Municipal de Saúde, no caso de imóveis abandonados, a população pode solicitar que uma equipe de fiscalização vá até o local do problema e também aplique larvicidas e inseticidas. As denúncias podem ser passadas através da Ouvidoria Municipal. Instalada no Centro Administrativo Municipal da Várzea, na Avenida Lúcio Meira, 375, 1º andar, o setor funciona de segunda a sexta, das 8h às 17h. O telefone de contato é 2742-5074.

Estado do Rio registra 30.871 casos de chikungunya este ano
O estado do Rio de Janeiro registrou 30.871 casos de chikungunya do início do ano até o dia 21 deste mês. O número representa uma elevação na comparação com o mesmo período do ano passado, quando houve 22.100 notificações. Os dados são da Superintendência de Vigilância Epidemiológica e Ambiental, da Secretaria de Estado de Saúde.
De acordo com os especialistas da área de epidemiologia, de todas as arboviroses que ocorrem no estado do Rio, a chikungunya – que teve os primeiros casos registrados na cidade em 2015 – é a de maior probabilidade de ocorrência, uma vez que é causada por um vírus com o qual a maioria da população ainda não teve contato. Isso faz com que grande parte da população esteja sem imunidade e suscetível à chikungunya.

Combate
Na visão do médico da Secretaria de Estado de Saúde, Alexandre Chieppe, ações simples e rotineiras da população são suficientes para o controle e apenas dez minutos por semana são suficientes para verificar possíveis focos do mosquito.
“A vistoria deve acontecer em caixas d’água, tonéis, vasos de plantas, calhas, garrafas, lixo e bandejas de ar-condicionado. Com essas medidas de prevenção é possível evitar a proliferação do Aedes aegypti”, disse.
De acordo com a superintendência, técnicos da secretaria visitaram 36 municípios que apresentam maiores índices de focos do Aedes aegypti para avaliar, junto às secretarias municipais de saúde, os planos de contingência mais adequados para cada área. Os municípios receberam ainda larvicida e adulticida para combater o mosquito.

 

 

 

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Edição 18/04/2024
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