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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Roberto Mello e Elson Sabiá querem mais vontade política na Prefeitura

Candidatura do PT fala sobre as áreas da Saúde, da Educação e das deficiências dos Serviços Públicos teresopolitanos em série de entrevistas do DIÁRIO

Anderson Duarte

Agora falta muito pouco para que nossa população escolha um novo prefeito para governar Teresópolis nos próximos dois anos e quatro meses, num inédito mandato tampão escolhido pelo voto direto. E a série de encontros com as propostas oferecidas pelos nove candidatos ao cargo de Prefeito encerra-se na edição de amanhã, 30. Nas últimas semanas, e guardado o compromisso com a qualidade da informação e o alcance dos fatos e acontecimentos envolvendo a vida do teresopolitano, O DIÁRIO tem levado até a população as propostas e pensamentos dos pleiteantes para a condução do mandato suplementar provocado pela cassação da chapa de Mario Tricano e Sandro Dias. No penúltimo compromisso foram ouvidos os pleiteantes do partido dos trabalhadores, PT, Roberto Mello e Elson Sabiá. A dupla esteve nos estúdios da Diário TV ontem, 28, e apresentou aos telespectadores, leitores e internautas do Grupo Diário, parte de suas propostas para as áreas de Saúde, Educação e Serviços Públicos. Além de conhecerem cada um dos postulantes ao cargo, e os seus respectivos vices, os leitores, bem como os telespectadores da Diário TV, estão tendo também a oportunidade de conhecer as propostas destas candidaturas para a cidade de Teresópolis. Todas as nove candidaturas foram convidadas e devem participam em sua totalidade da série utilizando o espaço cedido pelo Grupo Diário para expor suas proposições para a gestão da cidade. Além da veiculação ao vivo também serão feitas outras duas reprises e a veiculação aqui em nossa edição impressa, no dia seguinte a participação do candidato.

– Quem são Roberto Mello e Elson Sabiá

Os candidatos do Partido dos Trabalhadores são: o funcionário público Roberto Mello e o ex-esportista Elson Sabiá e a chapa oferecida pelo PT tem como principal mote de campanha o resgate da vontade política no comando da cidade. Elson Sabiá, que já representou Teresópolis como esportista e guarda no passado uma relação muito forte com a prática esportista e representação de bairros, mais especificamente na localidade do Corta Vento, onde reside há décadas. Para Sabiá, além de ter a oportunidade de representar a população da cidade onde nasceu e vive nos últimos 61 anos, estar numa chapa de candidatura a prefeitura em uma situação como a que vivemos hoje, é o mesmo que doar-se a necessidade de recuperação que o município vai precisar nos próximos anos. Elson, que já é avô de três, acredita que ao lado de Roberto pode apresentar as condições morais e técnicas necessárias para essa mudança de gestão tão necessária.
Já seu companheiro de chapa vem do Rio de Janeiro, mas escolheu morar aqui há mais de três décadas, tendo hoje seu filho como cidadão teresopolitano, assim como boa parte da família. O servidor público Roberto Mello comunga da opinião de que para recuperar a cidade de Teresópolis é necessário muito mais que apenas ferramentas de gestão ou qualquer outro tipo de embaraço técnico, é necessário implantar na administração pública municipal a mentalidade da vontade política comum. Com um discurso baseado na implantação de uma política da gestão transparente, ambos consideram que uma intervenção na administração pública teresopolitana é imperativa para que o município possa poder se recuperar e buscar novos recursos na União e no estado e a forma de imposição desta intervenção só poderia advir da interação com a população.

– Saúde de qualidade precisa de administrador comprometido com o bem comum

Para os candidatos do PT, o primeiro assunto em destaque na entrevista deve ser também a prioridade absoluta do novo governo que se instalar após o dia três de junho, mas uma prioridade real, não apenas uma promessa de campanha como tem sido tratado até então. Para ambos, está na Saúde, o maior desafio do mandato tampão, pela sua dimensão constitucional que está sendo desrespeitada, e também em relação ao rombo causado pelas últimas gestões. “Vamos abolir a gestão através das organizações sociais na saúde, respeitar os profissionais e pacientes do SUS. Apostamos no investimento e fortalecimento da atenção básica, nos PSF com o atendimento de medicina preventiva. Vamos investir no atendimento primário nos postos de saúde nos bairros para descongestionar a média e alta complexidades. Enfim, vamos promover saúde de verdade, sem compromissos escusos ou quaisquer outros interesses que não o de promover uma saúde pública de qualidade”, enaltece Elson. Já Roberto Mello, além de racionalizar a gestão é preciso combater práticas de uma velha politica, que segundo ele, ainda permeiam nossa sociedade.
“Vou insistir com essa questão da vontade política, mesmo correndo o risco de ficar repetitivo, pois entendemos que é fundamental combater certas práticas nocivas enraizadas na nossa sociedade. E infelizmente, um dos maiores exemplos dessa falta de vontade que falamos é quando temos muitos profissionais médicos nos cargos políticos. Desta forma, jamais poderíamos oferecer a qualidade necessária aos nossos cidadãos. É preciso combater a perniciosa e humilhante prática da dependência destes profissionais para prover esses serviços, uma gestão de saúde competente não pode permitir que essa prática rasa e rasteira que nossa população precisa se submeter para conseguir uma consulta, ou exame, ou qualquer que seja o procedimento, permaneça”, explica Roberto que também lembra da questão da prioridade que precisa se dar aos serviços de atendimento primários. “Os médicos de família, e as unidades que atuam diretamente nos bairros não podem mais ser encarados como algo que se faz para obedecer aquilo que a Lei manda, mas sim como uma forma de entender todo o sistema como algo integrado. Pensar na parte sem entender o todo é uma prática muito ingênua e desrespeitosa com nossa população”, explica.

– Gestão educacional só se faz com vontade política para mudar o que precisa

O segundo bloco de entrevistas teve como tema a Educação e os seus muitos desafios. “Precisamos investir no profissional. Formação continuada e especialização. A escola em tempo integral precisa ser uma realidade para formar o cidadão para o mercado de trabalho. Nossa proposta é ampliar o número de vagas através de programas de inclusão e outro ponto é pensar a gestão escolar como um todo, e não mais fragmentada como temos hoje. As escolas em tempo integral com oficinas de arte, formação profissional e cultura; a implantação de escolinhas de práticas esportivas; a reestruturação dos conselhos de Segurança e de Drogas com ações preventivas; a garantia de continuidade e ampliação dos convênios públicos com clínicas de recuperação de dependentes, são algumas das metas de nosso programa de governo”, enaltece Sabiá. Ainda na área da educação, Roberto e Sabiá entendem que o bom trabalho e os resultados positivos apresentados nos últimos anos podem estar mascarando uma omissão perigosa para o futuro do nosso mercado profissional, ou seja, a indiferença com a abertura de novas vagas no ensino superior.
“Eu conheço pessoalmente muitos profissionais que atuam na área da educação em nossa cidade e posso dizer que em virtude da grande capacidade técnica e profissional da maioria deles, podemos dizer hoje que Teresópolis não sofre tanto assim com as deficiências educacionais vistas em cidades com características próximas as nossas. Mas tenho certeza que essa estabilidade gerada pela boa atuação da educação na cidade pode ter gerado uma omissão perigosa em um segmento extremamente importante para uma cidade como a nossa, que é a vocação para o ensino superior. Teresópolis tem tudo para ser um polo e uma referência inquestionável para receber diversas instituições públicas de ensino superior e fomentar tudo aquilo que envolve essa indústria limpa do conhecimento”, lembrou Roberto, que também apontou para a questão das parcerias que podem ser iniciadas com as grandes instituições do estado. “Não temos como deixar de lado um mercado como esse. Além de provocar uma maior capacitação do nosso mercado de trabalho interno, vamos passar a receber dos municípios vizinhos e até muito mais distantes, os recursos que hoje mandamos para outras cidades que possuem unidades públicas de ensino superior. Tudo isso é visão de gestão integrada, é pensar a educação como uma possibilidade de geração de emprego e renda capaz de mudar nossa realidade”, disse Roberto. 

– Serviço Público de qualidade é aquele que é feito pelo servidor da Prefeitura

Por fim, a dupla do PT escolheu falar sobre a situação precária dos Serviços Públicos municipais e como esperam instituir mudanças para reverter um processo de precarização sofrido no setor nas últimas gestões. “Acho que dentro das reclamações da nossa população, os maiores anseios estão mesmo nas áreas da coleta de lixo e da iluminação pública. Não é coincidência que estes mesmos serviços sejam hoje terceirizados, algo que estamos falando muito ao longo da entrevista e que precisamos combater. Como o Roberto disse muito bem, para fazer esses serviços com qualidade precisamos apostar na qualidade de nossos servidores, e lembro bem do caso da Corel, que era uma empresa pública dedicada ao serviço de coleta de lixo e funcionava tão bem. Claro que eram tempos diferentes, mas nada que uma análise da mudança de perfil do município não nos deixe a par das necessidades. Esse é apenas um dos exemplos de como a atuação do servidor público pode ser a saída para muitos de nossos problemas”, explica Sabiá.
Já Roberto continua enfático na necessidade de se investir na qualidade de atendimento público. “Sou insistente mesmo, mas sem a mudança na postura de nosso gestor, que precisa ter vontade política para mudar, não há condições de termos serviços de qualidade. Como lembrou muito bem o Sabiá, a questão dos serviços públicos precisa ser uma prioridade para o gestor, e como um servidor público com quase trinta anos de trajetória de atuação, não posso deixar de dizer que está na qualificação dos nossos quadros técnicos muitas das soluções que não conseguimos enxergar agora. Por isso estou lembrando tanto e a todo momento com relação a vontade política necessária para mudar a gestão de Teresópolis. Sem essa vontade por parte da administração municipal, nada será diferente, pelo menos não com relação ao que precisamos”, finaliza Roberto.

– Cronograma de entrevistas segue até amanhã

Para garantir que todas as reportagens em O DIÁRIO sejam veiculadas em dia de semana, nenhuma delas será realizada na sexta-feira, cabendo a edição de fim de semana do dia 01 de junho contendo uma compilação de todas as entrevistas realizadas anteriormente. Quanto aos assuntos que poderão ser abordados será dada liberdade aos entrevistados para que decorram sobre uma lista de temas previamente estipulados, obedecendo o limite de três escolhas, uma para cada bloco. Ao final os candidatos terão três minutos para explanações de livre escolha. Todos os vídeos estarão disponíveis no canal do YouTube do Jornal O Diário de Teresópolis em até 24h após a participação. A primeira e mais importante regra determinada pela organização das entrevistas é que determina que cada um dos participantes farão suas interpelações com o intuito, único e exclusivo de expor suas plataformas e projetos políticos para a cidade de Teresópolis, enquanto possíveis candidatos eleitos. As entrevistas serão realizadas obedecendo a ordem de apresentação alfabética ilustrada no sistema de divulgação de candidaturas do Tribunal Superior Eleitoral e hoje, 29, Vinícius Claussen e Dr. Ari, do PPS, encerram a série de entrevistas.

 

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Edição 25/04/2024
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