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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Postagem sobre interdição da Teresópolis-Itaipava é falsa

Apesar da chuva e da instabilidade das encostas, rodovia tem fluxo normal

André Oliveira

Uma imagem de deslizamento de terra circulou pelas redes sociais dando conta da falsa notícia de uma barreira que teria interditado a Rodovia BR-495, Teresópolis-Itaipava.  A foto é na verdade de uma barreira que caiu no ano de 2016 na Serra do Rio do Rastro, em Santa Catarina, e que circula pelas redes sociais com inúmeras descrições igualmente enganosas.
A estrada utilizada como principal ligação entre Teresópolis e Petrópolis não sofreu qualquer alteração nos últimos dias. O trecho, apesar de instável por conta das condições geográficas da região, não teve qualquer registro de barreira  ou deslizamento. A linha de ônibus que liga dos dois municípios cumpriu todas as viagens de ida e volta normalmente, assim como caminhões de entrega, que utilizaram a rota para cumprir seus roteiros.

A última ocorrência com maior gravidade registrada na rodovia foi em dezembro de 2016 quando um deslizamento ocupou metade da pista e impediu a passagem de caminhões, ônibus e carretas. Antes, em janeiro do mesmo ano, uma pedra gigantesca rolou do barranco e parou na pista da estrada na altura do quilômetro 12, interditando o trânsito nos dois sentidos. Em abril de 2017 houve ainda um processo de intervenção nas pontes ao longo do trecho de serra, voltando a provocar interdição do trânsito em períodos alternados. 
Nessa época do ano, de muitas chuvas, é preciso ter atenção redobrada ao trafegar pela estrada Philúvio Cerqueira Rodrigues, muito suscetível ao escorregamento de terra, pedras e árvores. Há que se considerar ainda a sinalização precária. A estrada Teresópolis-Itaipava (BR-495) tem 33,4 quilômetros de extensão e requer bastante atenção dos condutores que trafegam por ela. A rodovia é sinuosa e praticamente não tem acostamento. Também não são muitos os pontos que oferecem possibilidade de ultrapassagem segura em suas rampas íngremes e curvas fechadas, além da constante presença de neblina no trecho. Antes da inauguração da BR-116, Rio-Teresópolis, o acesso à capital fluminense era feito por essa pista. 

Duplicação

Há dois anos a Firjan apresentou uma Agenda Regional Centro-Norte Fluminense do Mapa de Desenvolvimento do Estado do Rio para valer até 2025. O documento apresentava questões apontadas pelos empresários como essenciais para o desenvolvimento da região. Entre elas, a duplicação da rodovia BR-495, como forma de melhorar o acesso entre os municípios e entre as regiões Centro-Norte e Serrana. Porém, trataria se de uma obra bem difícil de ser realizada. É necessário um grande investimento financeiro, em um momento que os governos estadual e federal passam por crise e dificuldades para cumprir compromissos básicos, como pagar o salário dos servidores públicos. Outro ponto a ser observado é que a rodovia federal corta, em vários trechos, o Parque Nacional da Serra dos Órgãos. Assim, os trâmites de licenças ambientais podem ser tão longo quanto a obtenção de recursos.

 

 

Ao lado, a reprodução da imagem veiculada na internet , mostrando o incidente registrado em Santa Catarina no ano de 2016

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Edição 20/04/2024
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