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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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O Vale dos Frades e sua natureza exuberante

Cenário de produções de tv, região tem caminhadas, escaladas e banho de cachoeira

Quando se fala em ecoturismo, Teresópolis não pode ser lembrada somente como a terra do Parque Nacional da Serra dos Órgãos. Nossa região tem muito mais para ser explorado. Um local onde as belezas são incontáveis fica em outra unidade de conservação ambiental, o Parque Estadual dos Três Picos. O Vale dos Frades, mais conhecido pela cachoeira de mesmo nome, tem diversas opções de caminhadas e escaladas fantásticas. O lugar é tão bonito que, vez ou outra, é cenário de produções globais: Voltando um pouquinho no tempo, lá foi gravado o Memorial de Maria Moura e, mais recentemente, utilizado no filme A Mulher Invisível. Além disso, essa região é vizinha a  Salinas, onde ficam as montanhas que dão nome ao parque.
O acesso dessa localidade Frades fica próximo ao quilômetro 20 da Estrada Teresópolis-Friburgo. Dali em diante, estradas de terra batida cortam propriedades rurais, verdes vales, rios e montanhas. Até a Cachoeira dos Frades, um dos cartões postais do município, são aproximadamente cinco quilômetros, com bastante sinalização indicando o caminho. No verão, é grande o número de teresopolitanos e turistas que procuram as quedas para se refrescar nas águas geladas. Quando vai chegando o inverno, o ideal é trocar sunga e biquíni por roupas leves e um bom calçado e caminhar pelas estreitas ruas até a Fazenda Itatyba – Trajeto também muito procurado por quem gosta de cavalgar.
O final da estrada principal se dá na grande propriedade, que em 1990 virou Área de Proteção Ambiental, segundo a Lei Estadual 1755. Para quem escolher caminhar até ali, a distância é longa: Da RJ-130, são 11 quilômetros (quase o mesmo que a trilha da Pedra do Sino, só para citar)! Mas todo esforço é recompensado quando se fica de frente para os Três Picos e Capacete, vislumbrando ainda a Caixa de Fósforos, a famosa “pedra equilibrista”. Do outro lado, montanhas como Anta Menor e Maior, Branca de Neve e Morro dos Cabritos.

Frade e a Freira
Além das formações rochosas já citadas, existem duas pouquíssimo conhecidas e visitadas, mas que chamam bastante atenção no Vale dos Frades. São os Dois Bicos, também conhecidos com o Frade e a Freira, podendo o maior ser acessado com caminhada e o menor através de uma escalaminhada bem ruim, com lances de segundo e terceiro graus e praticamente nenhuma proteção. A entrada para tais montanhas fica pouco menos de um quilômetro depois da cachoeira, entrando à direita de um casarão antigo e da Usina São Jorge, já desativada.
Poucos metros depois, uma ponte danificada e hora de deixar os veículos. Segue-se em direção aos pastos à esquerda da Fazenda Quinta do Pinhal, já as avistando. Passando pelos campos verdíssimos o importante é nunca esquecer de fechar as porteiras, mantendo assim o amigável relacionamento entre montanhistas e fazendeiros.

Vias de escalada
Apesar das várias montanhas, há poucas vias de escalada no Vale dos Frades. A referência nesse esporte no local é o Morro dos Cabritos, sendo mais freqüentada a “Mario Arnaud” (graduação 5º VI A0 E1), na aresta oeste. Ela praticamente toda em aderência (escalada sobre pedra lisa ou quase, sem agarras, usando apenas o atrito entre o solado da sapatilha e as palmas das mãos do escalador apoiados sobre a pedra) e várias pequenas plantas, os liquens, que fazem o trajeto ficar ainda mais escorregadio. Do cume dos Cabritos, a 1.800 metros de altitude, se tem uma excelente vista para os Três Picos. Da Teresópolis-Friburgo até o Morro dos Cabritos, são 7,5 quilômetros, ficando a entrada da trilha ao lado de curral na direita (na esquerda, uma pequena casa). Outras escaladas naquela região ficam nas montanhas Anta Maior (que tem uma grande via em conquista atualmente) e Índio (por enquanto, há somente uma via, também em conquista). 

Conheça, preserve
Há muito o que se fazer o Vale dos Frades. Há muito que se explorar ecológica e turisticamente. Visite, conheça e preserve aquela região. Porém, importante lembrar que é preciso aguardar o fim das medidas restritivas para aproveitar tudo isso. As belezas vão continuar lá. Vamos respeitar as regras criadas com o intuito de diminuir a propagação da Covid-19 e, tão importante quanto isso, as comunidades onde esse e outros atrativos estão inseridos.

 

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Edição 20/04/2024
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