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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Natureza no clima do Outubro Rosa em Teresópolis

O Outubro Rosa é uma campanha de conscientização que tem como objetivo principal alertar as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. Em Teresópolis, diversos movimentos nesse sentido têm sido realizados nos últimos anos e, se depender da natureza, esse tema sempre terá ainda mais destaque no município. Nessa época do ano é comum encontrar em destaque a floração de espécies em tons de rosa, como os frondosos Bougainvilles ou ainda os gigantes Jacarandás, que suas flores lilás também entram no clima característico. Nesta sexta-feira, saímos a campo com a Bióloga Hayssa Dumard para registrar alguns dos exemplares dessas espécies.

Marcello Medeiros

O Outubro Rosa é uma campanha de conscientização que tem como objetivo principal alertar as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. Em Teresópolis, diversos movimentos nesse sentido têm sido realizados nos últimos anos e, se depender da natureza, esse tema sempre terá ainda mais destaque no município. Nessa época do ano é comum encontrar em destaque a floração de espécies em tons de rosa, como os frondosos Bougainvilles ou ainda os gigantes Jacarandás, que suas flores lilás também entram no clima característico. Nesta sexta-feira, saímos a campo com a Bióloga Hayssa Dumard para registrar alguns dos exemplares dessas espécies.
Uma das bonitas árvores em floração e que tem dado um colorido todo especial ao município fica na Avenida Feliciano Sodré, próximo aos prédios da Câmara e Prefeitura. “Essa é uma bougainvillea, nativa da América do Sul e que chama muita atenção por essa floração tão exuberante, com tantas flores. Nesse caso são rosadas, mas podem ser encontradas em outras, como branco e pink, chegando a existir também algumas em amarelo”, explica a jovem formada pelo curso de Ciências Biológicas do Centro Universitário Serra dos Órgãos.
A Bougainvillea também é conhecida em outras regiões como primavera, três-marias, ceboleiro, santa-rita ou espinho-de-santa-rita. Essa espécie foi intensamente melhorada, existindo hoje uma vasta gama de cultivares com formas bem diferentes da espécie típica. É cultivada a pleno sol, como trepadeira, para revestir caramanchões e cercas. Pertence à família das Nyctaginaceae e pode chegar a até cinco metros, com crescimento bastante rápido. Além do exemplar citado por Hayssa, existe outro na mesma cor na pracinha atrás da Prefeitura. Ainda na Feliciano Sodré, é possível avistar um espécime em tom de grená.
Voltando um pouco no tempo, difícil não se lembrar de um grande Bougainville que fez sucesso por vários anos na principal área de lazer da região central do município, a Praça Olímpica Luís de Camões. Em 2009, foi “podado” e, poucos dias, depois, arrancado pelo então secretário municipal de Obras com a desculpa que suas raízes estavam atrapalhando o sistema de manilhas do local…

Os gigantes Jacarandás
Com mais de cem espécies diferentes, o Jacarandá encontrado em nossa região é uma árvore imponente e com bonitas flores em tons de lilás e roxo. Na praça atrás da PMT existem três exemplares com floração tímida. Já um encontrado na Lúcio Meira, próximo à esquina da Rua José Correia da Silva Júnior, está bastante florido. “Ele sempre floresce no início da primavera, com essa floração roxa, lilás… É de clima temperado, da mesma família dos ipês, a família Bignoniaceae. É uma das poucas árvores onde o nome comum é o mesmo em vários países, então assim é muito conhecido”, relata Hayssa.
No Brasil, o Jacarandá foi muito extraído, principalmente no extremo-sul da Bahia e vendido muitas vezes a exportadores, que normalmente realizavam a compra da madeira e a exportavam do litoral do sudeste brasileiro. Diz-se que castelos Italianos foram construídos com Jacarandá brasileiro que na época, principalmente na primeira metade do século XX, eram comercializados sem muito valor agregado e especulados no exterior. 

APA há mais de 30 anos
Outra importante relação do Jacarandá com Teresópolis é a floresta que leva o seu nome, onde diversos exemplares ainda podem ser vistos. O fragmento de Mata Atlântica tem seu principal acesso pelo bairro do Meudom, existindo a partir dali caminhos que levam até a localidade de Canoas, no Terceiro Distrito, ou Cachoeiras de Macacu. Com 2.700 hectares, a Floresta do Jacarandá foi declarada como APA (Área de Proteção Ambiental em 1985). Em 2002, a região ganhou mais um sistema de proteção, sendo encampada pelo Parque Estadual dos Três Picos.
Desde então, os guarda-parques da unidade de conservação ambiental têm realizado fiscalizações mais frequentes na área e incentivado a visitação turística com a criação de trilhas como as que levam aos mirantes Dominguinhos e Boa Vista. Além disso, está sendo feita a ligação da região com o local onde será construída a sede local do PETP, na antiga Fazenda Vale da Revolta.

Valorize o que temos de melhor
Além das espécies citadas na reportagem, diversas outras costumam ficar floridas não somente na Primavera, mas praticamente durante todo o ano Teresópolis fica ainda mais bonita por conta da natureza.  Um dos motivos de tanta riqueza é que o município está cercado por três parques naturais – cada um administrado por uma esfera de governo diferente – e conta ainda com APAs e RPPNs (Reservas Particulares de Patrimônio Natural).
Principalmente por conta das unidades de conservação ambiental maiores, a pressão antrópica não causou danos maiores ao verde no município. Basta citar como exemplo um morro onde não há nenhuma fiscalização ou delimitação devido à existência de um parque, a Serra dos Cavalos. Praticamente em todas as suas vertentes há construções construídas de forma irregular e, como consequência disso, praticamente todos os anos são registradas vítimas fatais ou parciais de escorregamentos de terra. Mesmo empiricamente, são evidentes grandes problemas para fauna e flora nessa região.
Por fim, nunca é demais deixar algumas dicas para aqueles que visitarem ambientes naturais, independente de área de parque ou não: Não deixe nada a não ser pegadas, não tire nada a não ser fotografias e não leve nada a não ser boas lembranças. Preservar a natureza é preservar nossas futuras gerações.

 

 

 

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Edição 19/04/2024
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