Cadastre-se gratuitamente e leia
O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
em seu dispositivo preferido

Morador de área rica de SP vive 23,7 anos a mais que o de periferia, diz estudo

Um morador do Jardim Paulista, na região nobre da capital paulista, vive, em média, 79,4 anos; cerca de 23,7 a mais que um habitante do Jardim Ângela, na periferia, onde as pessoas morrem, em média, com 55,7 anos. O dado está no Mapa da Desigualdade da Cidade, divulgado hoje (24) pela Rede Nossa São Paulo com o apoio da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP).

Ludmilla Souza – Repórter da Agência Brasil

Um morador do Jardim Paulista, na região nobre da capital paulista, vive, em média, 79,4 anos; cerca de 23,7 a mais que um habitante do Jardim Ângela, na periferia, onde as pessoas morrem, em média, com 55,7 anos. O dado está no Mapa da Desigualdade da Cidade, divulgado hoje (24) pela Rede Nossa São Paulo com o apoio da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP).

O levantamento mede as diferenças econômicas, sociais, culturais e de equipamentos públicos existentes entre os 96 distritos da maior e mais rica cidade do país. No caso da idade média ao morrer, o “desigualtômetro” entre o pior e o melhor indicador é de 1,43, ou seja, mostra que um residente do Jardim Paulista vive, em média, 43% a mais que um morador do Jardim Ângela.

A pesquisa também revela que o índice de homicídios é de 1,23 por 100 mil habitantes no caso da Mooca, tradicional distrito de classe média e classe média alta da zona leste da capital paulista. No entanto, nas proximidades do bairro, no distrito do Brás, o índice chega a 38,76. A diferença entre o melhor e o pior indicador é de 31,49.

Favelas e árvores
Outro dado que escancara a desigualdade na metrópole é o índice de favelas, que considera a porcentagem de domicílios em favelas sobre o total de domicílios da região. Enquanto na Vila Andrade (onde está localizada a favela de Paraisópolis) o índice de favelas é de 50,45, em Pinheiros (região nobre da zona oeste) esse índice é de 0,081. A diferença entre o pior e o melhor é de 621,01, o que mostra que na Vila Andrade há 50 vezes mais favelas do que Pinheiros.

A diferença de arborização na cidade também chama atenção no levantamento. Enquanto a região de Santo Amaro tem 16.192 árvores, na região da Sé há 518, uma diferença que deixa o índice do “desigualtômetro” em 31,26. O índice considerou o número de árvores no sistema viário por distrito.

Outro indicador, o de gravidez na adolescência, que considera o número de nascidos vivos de mães com menos de 19 anos, é de 0,887 em Moema (na região nobre da cidade); e, na outra ponta, chega a 22,88 no distrito de Marsilac, no extremo sul da cidade. A diferença entre o melhor e o pior indicador é de 25,79, ou seja, o percentual de adolescentes grávidas é quase 26 vezes maior na região de Marsilac em comparação com Moema.

De acordo com a Rede Nossa Paulo, os números do levantamento mostram que as diversas desigualdades são cumulativas. O distrito com o pior índice de gravidez na adolescência (Marsilac), por exemplo, é também o de menor remuneração média por emprego formal.

Tags

Compartilhe:

Edição 19/04/2024
Diário TV Ao Vivo
Mais Lidas

Mesmo quem já pagou o IPVA deste ano terá de quitar as duas taxas do CRLV-e

OAB esclarece sobre o abuso do aumento da conta mínima comercial de água

Feriado de São Jorge com promoção no Parc Magique do Le Canton

Rodovias federais terão pontos de descanso para motoristas

Três flagrados com cocaína e maconha no Meudon

WP Radio
WP Radio
OFFLINE LIVE