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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Federação pede interferência dos vereadores na saúde do município

Em um país onde os gastos em saúde normalmente são desperdiçados pelo completo despreparo do gestor e os gargalos cada dia maiores da corrupção e da incompetência no setor público, falar em dificuldades na prestação de um serviço de qualidade é quase um pleonasmo, mas aqui em Teresópolis a coisa começa a ganhar contornos caóticos. A presença do Diretor da Federação Nacional dos Médicos, FENAM, Jorge Darze, aqui em Teresópolis para uma audiência pública na Câmara de Vereadores já é um indicativo de que os rumos do setor em nosso município parecem estar em desacordo com aquilo que se espera. Convocada a pedido da FENAM pela Comissão Permanente de Saúde de nosso Legislativo, a audiência ainda registrou uma participação considerável dos edis, apenas Leleco não esteve presente, alegando estar cuidando de assuntos particulares no momento da reunião.

Anderson Duarte 

Em um país onde os gastos em saúde normalmente são desperdiçados pelo completo despreparo do gestor e os gargalos cada dia maiores da corrupção e da incompetência no setor público, falar em dificuldades na prestação de um serviço de qualidade é quase um pleonasmo, mas aqui em Teresópolis a coisa começa a ganhar contornos caóticos. A presença do Diretor da Federação Nacional dos Médicos, FENAM, Jorge Darze, aqui em Teresópolis para uma audiência pública na Câmara de Vereadores já é um indicativo de que os rumos do setor em nosso município parecem estar em desacordo com aquilo que se espera. Convocada a pedido da FENAM pela Comissão Permanente de Saúde de nosso Legislativo, a audiência ainda registrou uma participação considerável dos edis, apenas Leleco não esteve presente, alegando estar cuidando de assuntos particulares no momento da reunião.
E os debates giraram em torno da relação de profissionais médicos com o Hospital das Clínicas de Teresópolis, além da gestão problemática da UPA por Organizações Sociais e o descaso com os pagamentos dos hospitais conveniados SUS na cidade. Para o médico Jorge Darze, o município precisa da ajuda da população e dos vereadores para retomar a prestação dos serviços de saúde que merece. A vereadora Dra. Claudia Lauand, que preside a Comissão de Saúde, explicou na abertura da audiência que o motivo da convocação se deu por uma possível mudança no sistema de remuneração dos médicos do HCT e também para que as condições de trabalho dos profissionais médicos fossem garantidas na cidade. Dra. Claudia também lamentou muito a ausência de representantes do UNIFESO e da secretaria de Saúde do município.
“Eu gostaria de poder ter feito um agradecimento especial a UNIFESO no meu discurso de abertura e um apelo aos meus amigos da secretaria de saúde do município da mesma forma, mas infelizmente precisei retirar essa parte do meu discurso de inauguração desta primeira audiência pública da atual legislatura. Lamentavelmente, todas as inúmeras discussões importantes que tivemos aqui foram inertes para essas duas importantes instâncias da cidade, mas teremos outras oportunidades de debater o assunto. O motivo pelo qual estamos aqui hoje é de nos envaidecer muito enquanto legisladores, afinal, a Federação Nacional dos Médicos, na figura do Dr. Jorge Darze, solicitou uma audiência com essa Casa para que importantes temas fossem debatidos. Vimos no pedido uma oportunidade para debatermos e a FENAM entendeu que com a Câmara teria mais respaldo para esse diálogo, mas infelizmente não será como esperávamos essa troca de informação por faltarem elementos primordiais como o HCT e a Prefeitura”, explicou a vereadora.
Logo que salientou a situação dos médicos do Hospital das Clínicas e como os vereadores Maurício Lopes e Leonardo Vasconcelos foram importantes na reunião com a direção da FESO há algumas semanas, Jorge Darze enalteceu que em a intervenção dos vereadores e da sociedade, através do diálogo e do interesse comum, dificilmente os nossos muitos problemas na área da saúde seriam solucionados e também aproveitou para dimensionar a importância do órgão que representa. Para Darze a reunião foi muito produtiva, pois os vereadores ouviram com atenção a posição dos médicos sobre a situação do Sistema Único de Saúde. “Tomamos ciência de que as Clínicas da Família e a Unidade de Pronto Atendimento, a UPA, de Teresópolis são geridas por organizações sociais. Foram expostas as desvantagens da gestão privada destas Unidades. Para os representantes da categoria médica, é importante rever este modelo de gestão, afinal isso é absolutamente inconstitucional. Defendemos que a gestão volte a ser pública, ou seja, administrada pela própria secretaria de saúde”, defendeu o presidente da FENAM. Darze solicitou que os vereadores avaliassem com atenção a situação, pois o Hospital também atende o SUS, além dos pacientes de planos de saúde, ou seja, recebem verba pública e também particular. "Entendemos que isto é algo que precisa ser rigorosamente fiscalizado, para que não tenha prioridades de atendimentos para pacientes dos planos de saúde", disse. Como resultado da audiência, ficou acertada uma próxima reunião, que será realizada nos próximos dias, com a participação da FENAM, profissionais de saúde e vereadores, para discutirem a crise na Saúde do município. 
No último sábado, 25, pela manhã, Darze participou da assembleia geral dos médicos que trabalham no Hospital de Clínicas de Teresópolis, sob gestão do UNIFESO, na Sociedade de Ciências Médicas de Teresópolis. Na pauta foi debatida a situação do trabalho dos médicos, dentre outros assuntos. Participou ainda, o presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj), Dr. Nelson Nahon e representando o Conselho Regional de Medicina, Dr. Paulo José Gama de Barros. Dr. Jorge Integrou a mesa e apresentou a importância e o papel dos sindicatos, sua estrutura e a diferença entre o papel da Federação Nacional dos Médicos.
“Também foi feita uma análise da proposta apresentada pela Unifeso, sobre o pagamento dos honorários nos planos de saúde. Ficou acertado que os médicos não querem que tenha mudanças nos honorários de pagamentos e que aguardam uma proposta coerente de mudança. Não vamos apresentar proposta de mudança e nós entendemos que essa forma atual é uma forma justa e regular”, enfatizou Dr. Darze. Foi apresentada na ocasião aprovação de um estudo que o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, Dieese, sobre as perdas salariais que os médicos da Unifeso, sendo aprovado o estudo sobre o percentual reivindicando a reposição das perdas salariais, baseadas no salário base da hora trabalhada. “Vamos iniciar um processo de negociação e avaliar a proposta que a Unifeso tem para os nossos pontos de reivindicações que foram discutidos na assembleia”, disse Darze.

 

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Edição 16/04/2024
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