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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Empresários da rua Gonçalo de Castro dizem que fechar bares não é a solução

Após o Coronel Marco Aurélio, Comandante do 30º BPM declarar em entrevista ao jornal O Diário de Teresópolis que bares da Rua Gonçalo de Castro, no Alto, podem ser fechados por conta da desordem no local que ocorre às sextas-feiras, moradores e comerciantes da região se posicionaram contra a medida, afirmando que esta não é a solução. De acordo com os relatos de quem vive ou trabalha no local, a maior parte dos envolvidos na baderna nem sequer compra bebidas nos bares daquela rua e ainda assustam os fregueses pela bagunça e violência que causam.

Marcus Wagner

Após o Coronel Marco Aurélio, Comandante do 30º BPM declarar em entrevista ao jornal O Diário de Teresópolis que bares da Rua Gonçalo de Castro, no Alto, podem ser fechados por conta da desordem no local que ocorre às sextas-feiras, moradores e comerciantes da região se posicionaram contra a medida, afirmando que esta não é a solução. De acordo com os relatos de quem vive ou trabalha no local, a maior parte dos envolvidos na baderna nem sequer compra bebidas nos bares daquela rua e ainda assustam os fregueses pela bagunça e violência que causam. 
No ultimo final de semana, madrugada de sexta para sábado, ocorreu um grande tumulto por conta de desentendimento entre ocupantes de um veículo e pessoas que estavam na rua. As pessoas que estavam no carro por pouco não foram linchadas, porém o motivo da confusão ainda não foi esclarecido. 
A proprietária de um dos bares relatou que culpar os comerciantes é um grande erro, já que o estabelecimento dela estava fechado quando a briga aconteceu e pede que a polícia tome providências para identificar e prender os vândalos: “Eu acho que foi muito precipitada essa conclusão que o comandante teve porque acho que não é bem por aí. Estou muito triste com isso tudo eu está acontecendo aqui na rua porque meu pai tem esse comércio aqui há mais de 35 anos e é uma coisa que está sem limite. Isso acontece uma vez por semana na rua, os moradores estão hostilizando a gente achando que a culpa é nossa, mas não é. Essas pessoas que vem para cá não são meus clientes, mas eu não posso deixar de atender a eles também. Da porta para dentro eu sei o que faço, do lado de fora eu não posso fazer nada. Eles xingam a gente, tacam garrafa de vidro na gente e são pessoas que trazem bebidas para consumir aqui”, disse Cristiane Moraes.
De acordo com moradores e comerciantes, a confusão não é causada pelos clientes dos bares da região, mas sim por um grupo que se encontra semanalmente e que já causava distúrbios anteriormente em outros locais, como na Serra e em postos de gasolina do centro da cidade. Eles afirmam que essas pessoas consomem tipos de bebidas que não são encontradas nos bares.  As bebidas estariam chegando até mesmo através de entrega por motociclistas e por isso eles apontam que o correto a ser feito é a realização de fiscalização policiamento na rua.
O Comandante do 30º BPM informou que vai se reunir com representantes de outros órgãos, como a prefeitura e a Polícia Civil, para definir ações conjuntas para dar um basta nos problemas, destacando que a PM não tem com agir sozinha. O fechamento de estabelecimentos é uma medida extrema que já ocorreu em outros bairros da cidade. 
Cristiane Moraes destaca que seu comércio não pode ser responsabilizado já que ela não estava atendendo a nenhum arruaceiro: “Minha loja estava fechada e a confusão ainda ocorreu um pouco mais para frente. O que acontece aqui nas sextas-feiras é que uns vem para namorar, outros para se divertir e outros vem para armar confusão e infelizmente nós ficamos reféns destas pessoas. Há um consumo liberado de drogas por aqui, as pessoas não podem passar na rua porque também ficam com medo. Não há controle. Não adianta fechar os estabelecimentos porque eles vão continuar, como foi o caso da última sexta-feira. Eu não quero tirar o direito de ninguém, eu quero é que os arruaceiros vão para outro lugar, mas não tenho essa força para tirar esse pessoal daqui”. 

Moradores defendem comerciantes
O porteiro Ricardo Amaro, que mora na Gonçalo de Castro há cerca de 50 anos, destacou menores de idade estão se beneficiando do esquema de entrega de bebidas por motoboys: “O nosso bairro é ordeiro, o que está acontecendo aqui é com pessoas de foras. Infelizmente estão fazendo um disque-bebidas, pois nenhum bar vende para menores aqui. O motoboy vem e entrega na mão deles. A solução não é fechar os bares. O certo é o Ministério Público ver, chamar os pais, fazer uma operação para levar porque tem muito menor aí e leva preso para saber dos pais porque eles estão na rua a essa hora. Tirar os bares vai tirar o lazer de muita gente boa, como professores, advogados, promotores que tomam sua cerveja e batem papo”.
Outra moradora também afirmou que é incorreto culpar os bares e cobra policiamento: “Eu não acho solução fechar bar porque eu moro aqui há 40 anos e sempre teve bar sem nunca ter acontecido isso. Esse pessoal veio para cá não sei porque e poderia ir para outro lugar, mas não adianta eles gostam daqui. Não é bebida dos bares porque eles trazem em caixas de isopor enormes, aqui e na rua de trás também, vendendo bebida barata. Ninguém dorme porque isso vai até as 4 da manhã. Não são os estudantes que fazem isso, a maioria vem de bicicleta porque vem de longe. A solulção não é fechar bar, tem que botar é polícia aqui”, disse Sara Virgínia.

Cristiane Moraes enfatizou que a baderna ocorre independentemente dos bares estarem funcionando e é preciso retirar os baderneiros do local

 

 

 

 

 

Ricardo Amaro defendeu os comerciantes destacando que muitos menores estão recebendo bebidas no local através de motoboys

 

 

 

 

 

Sara Virgínia afirmou que os bares nunca causaram problemas e somente após a aparição do grupo de baderneiros é que o problema surgiu

 

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Edição 18/04/2024
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