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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Campanha de esclarecimento para evitar mortes de macacos

Somente em Teresópolis nove animais foram encontrados mortos. No estado, já são 144

Apenas no mês de janeiro, 144 macacos morreram no Rio de Janeiro, 64% deles vítimas de violência. As mortes de primatas no Estado do Rio, provocadas pelo medo do contágio com o vírus da febre amarela, motivou a realização de uma audiência pública promovida pela Comissão Especial de Defesa, Proteção e Direito dos Animais da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). O encontro debateu os recorrentes ataques contra macacos gerados pelo medo da febre amarela e a necessidade de esclarecimento da população: Primatas não transmitem a doença. Após serem picados pelos mosquitos transmissores, os animais contraem a febre, mas são incapazes de propagá-la. Em Teresópolis, nove animais foram encontrados mortos na localidade de Vieira, no Terceiro Distrito, em novembro do ano passado.
O representante do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA),Caio Marques, reiterou a importância da preservação dos macacos: "Além de ser crime ambiental matar esses animais, eles são extremamente importantes para alertar sobre a ocorrência da doença, pois conseguimos detectar possíveis surtos de febre amarela a partir dos casos em macacos", explicou. O presidente da comissão, deputado Carlos Osorio (PSDB), afirmou que irá propor um projeto de lei para criar uma campanha de comunicação para esclarecer a população sobre a violência contra os animais. "Além disso, iremos fazer uma indicação legislativa solicitando ao Executivo que sejam abertos programas dentro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro (Faperj) para incentivar pesquisas para o aprimoramento da vacina da febre amarela", declarou.
Segundo Roberto Medronho, epidemiologista da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a vacina aplicada hoje foi criada em 1937 e utiliza o vírus vivo da febre amarela, o que pode ocasionar efeitos colaterais. "Existem formas de vacinação mais avançadas, que utilizam o vírus atenuado e que geram menos impactos adversos. Mesmo assim, é importante ressaltar que a vacina atual é extremamente segura", afirmou. O epidemiologista destacou que a única forma de controlar a doença é através da vacinação. "Se toda a população for imunizada, a febre amarela ficará restrita à sua forma silvestre. Por isso, é importante criarmos uma vacina ainda mais segura e igualmente eficaz", declarou.
Também participaram da audiência a deputada Martha Rocha (PDT) e representantes do Instituto Estadual do Ambiente (INEA), Dr. Rogério Caldas, da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio (OAB-RJ), Lincoln Magalhães e da Subsecretaria de Bem Estar Animal (SUBEM), Ernesto Viveiros de Castro, chefe do Parque Nacional da Tijuca.

 

 

 

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Edição 18/04/2024
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