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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Brinquedos caindo aos pedaços na Praça Olímpica

Precariedade limita e oferece riscos para crianças na principal área de lazer do município

Marcello Medeiros

Mais uma da série “parece notícia repetida, mas não é”. Novamente por conta do descaso do governo municipal, que deixa de realizar serviços simples pela falta de carinho com o nosso patrimônio a reportagem do jornal O DIÁRIO e DIÁRIO TV foi acionada para registrar a situação da principal área de lazer da região central de Teresópolis, a Praça Olímpica Luís de Camões. Localizado na Várzea, o espaço público ficou quase dois anos fechado por conta de uma milionária e questionável obra. Após ser reaberta, a pracinha voltou a ser abandonada e hoje tem vários pontos onde os frequentadores devem ter cuidado ao utilizar, evitando assim ganhar algum machucado no lugar de horas de lazer. Um desses locais é o parquinho infantil, onde os brinquedos estão, literalmente, caindo aos pedaços.

O assunto já foi tema de diversas reportagens nos últimos meses, sendo a última reforma realizada pelo governo atual mais de um ano atrás. Antes disso, alertamos sobre o problema. Os reparos foram feitos, mas a manutenção não aconteceu como deveria e atualmente pais e responsáveis devem ficar atentos ao liberar seus pequenos para brincar no local. Os dois escorregas são motivo de grande preocupação. Em um deles, a proteção lateral no início da rampa não existe mais, deixando à mostra uma pontiaguda chapa. Para evitar acidentes, alguém utilizou fita isolante para cobrir o que sobrou da peça. O outro segue no mesmo caminho, com o local onde as crianças sentam para iniciar a “emocionante” descida tendo afundado. Das antigas gangorras, sobrou apenas a base. Dos seis balanços, ficaram apenas quatro, sendo que um deles já parece estar desmontando e os outros tendo passado por manutenção feita por um voluntário alguns meses atrás. 

“Eram para ter seis balanços funcionando, mas bom praticamente três. A gente pensa que tinha que melhorar e ter mais coisas. Oferecem muito poucos brinquedos para as crianças e isso na principal praça da cidade, local que recebe também turistas com crianças para brincar. São poucos e os que têm não estão em bom estado. A gente espera mais não só aqui, mas olhando outras praças, como Barra e Fonte Santa, vemos tudo quebrado, tudo precisando de manutenção e a gente não está vendo isso”, relata Ivan Moreira.

O morador da Fonte Santa, que nesta terça-feira levou as duas netas, de seis e nove anos de idade, para tentar se divertir no local, lembra que tal manutenção é um serviço bem simples e que não demandaria de grandes recursos para cuidar de um bem tão precioso. “Falta um carinho pelas crianças. Teresópolis quase não oferece muito para elas e o que tem a gente tem que conservar. As crianças merecem. Trago elas aqui para patinar, andar de bicicleta, para se divertir. É o melhor lugar na cidade, pois nos bairros é só risco. Aqui tem mais espaço com essas quadras e pista, para patins, bicicleta, futebol”, pontua.

Além dos brinquedos destruídos, e as poucas opções para tantos pequenos teresopolitanos, é preciso ficar atentos a outros riscos na pracinha. Em um dos cantos, existem fios expostos. No período noturno, há pouca iluminação por conta da ausência de manutenção e vandalismo. Aliás, falando nos ataques de criminosos, a pichação continua emporcalhando vários pontos e o mato está alto em todo o entorno da Luís de Camões. 

Segurança reforçada

Há cerca de dois meses foi instalada no antigo espaço utilizado pela Secretaria de Turismo uma base de segurança compartilhada pela Guarda Municipal e 30º Batalhão de Polícia Militar, garantindo mais conforto para os frequentadores da praça e entorno daquele espaço. Para abrigar os militares e funcionários da Secretaria Municipal de Segurança o prédio foi reformado e pintado. A bonita pintura, porém, ficou apenas nesse ponto. Em todo o entorno há centenas de porcas e indecifráveis pichações, uma prova que sensibilidade não é o forte dos setores responsáveis no governo municipal. “Já que pintaram o prédio e agora não há mais risco dos bandidos pichadores voltarem a atacar, porque a polícia está ali, poderiam ter dado uma mãozinha de tinta em todo o restante da praça. Impressionante essa falta de cuidado”, atenta o leitor Wallace Almeida, um dos que entrou em contato com a redação do jornal O DIÁRIO e DIÁRIO TV para pedir uma nova reportagem no local.

Turma da bicicleta

Outra situação que merece um olhar mais apurado do poder público é o que envolve um grande grupo de jovens frequentadores da Praça Olímpica, principalmente no período noturno e fins de semana. Com bicicletas de marcas semelhantes, geralmente desmontadas parcialmente, eles costumam passar horas fazendo manobras arriscadas e em alta velocidade. A prática de tais movimentos não seria problema se houvesse um espaço somente para esse “treinamento”, como na Praça de Esportes Radicais, por exemplo. O que chama atenção é que tal grupo se arrisca e coloca em risco as crianças menores, com quem disputam o mesmo espaço com todo o restante do público.

No outro escorrega, a base para saída afundou e também pode gerar acidente grave

 

 

 

 

 

 

 


Os balanços "sobreviventes", brinquedos que receberam manutenção de voluntário

 

 

 

 

 

 

 

 

O assunto já foi tema de diversas reportagens nos últimos meses, sendo a última reforma realizada pelo governo atual mais de um ano atrás

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Edição 28/03/2024
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