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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Beneficência Portuguesa realiza recadastramento

Hospital reorganiza estrutura de benfeitores para tentar passar por mais um momento de dificuldades financeiras

Anderson Duarte

Conhecida carinhosamente pelo teresopolitano como Bené, a Beneficência Portuguesa de Teresópolis, mantenedora do Hospital Nossa Senhora da Saúde, continua passando por severas dificuldades por conta dos sequentes e insistentes atrasos da prefeitura para fazer os repasses da verba devida ao custeio dos serviços médicos que são realizados pela instituição. Com vistas à reorganização de sua estrutura, dedicada em mais de 90% aos atendimentos SUS, portanto, com primazia de atendimento na saúde pública, a Bené, faz neste mês de maio um amplo recadastramento de seus benfeitores e associados para tentar dar um fôlego novo a instituição, que por ausência de prioridade das autoridades públicas que se seguiram a frente da pasta da Saúde, precisa se desdobrar para não fechar as portas. “Fechar as postas da Beneficência Portuguesa hoje seria uma tragédia para Teresópolis. Mas, se algo não acontecer para mudar esse caminho de descaso com a instituição, será praticamente inevitável”, explica a Direção.
De acordo com a direção do hospital, parte significativa da verba usada para gerir a unidade vem dos pagamentos SUS, como são chamados os procedimentos e atendimentos pactuados com a municipalidade para oferecer atendimento médico a população, e ainda mais significativamente dos repasses do próprio município, através da prefeitura. Segundo a dinâmica de inadimplência explica a nossa reportagem, o governo federal deposita o dinheiro na conta da prefeitura em dia, mas os repasses, que são de responsabilidade da própria acabam não sendo feitos como deveriam, ficando apenas em dia o que se refere a própria União. Mas segundo o Hospital, esse montante em dia equivale a uma parte bem pequena de um todo, cerca de 40%.
Ainda de acordo com o hospital, essa situação está inviabilizando tanto a prestação de serviços como também o pagamento de salário de funcionários, que acabam tendo que ter paciência para receber tudo. O repasse federal basicamente é utilizado para pagamento de salários, cerca de 85% do total é para esse fim e de acordo com a direção da unidade, diante de toda essa dificuldade reiterada, o hospital vem tentando incessantemente conversar com representantes do governo municipal e da Secretaria Municipal de Saúde para que seja solucionado o problema, mas até então, nada. “Consideramos que agora, com uma nova gestão, com uma nova mentalidade, esse problema seja solucionado, até porque não é só a Bené que sofre, mas todos os hospitais da cidade passam por esse problema. O ideal é que nós tenhamos condições de atender ainda melhor a nossa população e nós temos confiança de que essa historia mude”, explica a instituição.
A verba de Média e Alta Complexidade que é um pagamento referente aos atendimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é paga pelo governo federal através do depósito em conta que a prefeitura deve repassar aos hospitais prestadores de serviço, sendo que pelos contratos em vigência deveria haver ainda uma complementação de cerca do dobro desse valor, o que também não estaria ocorrendo. “O Plano Operativo Anual é dividido em duas cotas, uma do governo federal e outra que é a complementação do município. Nenhum hospital que atende ao SUS é capaz de suportar o custo do atendimento só com a verba federal. Essa complementação municipal é necessária, e o orçamento da nossa instituição é muito justo e quando deixamos de receber parte do dinheiro previsto, isso causa problemas gravíssimos”, enumera.
A Bené, inclusive, é referência para a realização de partos no nosso município, e recentemente mostramos que estaria sendo alvo de perseguição política por parte do governo tricanista, justamente por ser administrado pela família Ribeiro, do médico e político Luiz Ribeiro, adversário de Tricano nas últimas eleições. Para os mais próximos do setor, inclusive no próprio Conselho de Saúde, o objetivo era justamente minguar uma instituição que socorre diariamente diversas pessoas do nosso município, principalmente as gestantes.

 

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Edição 19/04/2024
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